O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) transferiu uma licença ambiental, anteriormente concedida à Metrogreen Skyrail Concessionária, para o governo da Bahia, por meio da Companhia de Transportes do Estado (CTB), permitindo a implantação do trecho 4 do VLT de Salvador. A obra, que ligará São Joaquim ao bairro do Comércio, faz parte da reformulação do projeto, após o rompimento de contrato com o consórcio Skyrail no ano passado.
A ideia original, conduzida pela Skyrail, previa 23,3 km de percurso sobre viadutos, partindo da Ilha de São João até o Comércio e o Acesso Norte, interligando o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL). No entanto, após o cancelamento do contrato, o governo do estado optou por uma nova proposta, eliminando o trecho entre Calçada e Comércio.
O novo traçado, que foi licitado e já possui ordem de serviço assinada, terá 36,4 km de trilhos em nível, aproveitando o canteiro central de vias importantes como as avenidas Suburbana, 29 de Março, Orlando Gomes e a Estrada do Derba (BA-528).
A previsão inicial é que as obras comecem em janeiro de 2025, com etapas de terraplanagem e sondagem. No entanto, apurações recentes indicam a possibilidade de antecipação do cronograma, conforme informações obtidas pelo jornal A Tarde.
Além do trajeto São Joaquim-Comércio, o governo da Bahia já conseguiu, em agosto deste ano, a aprovação de R$ 990 mil no Novo PAC para a elaboração de projetos que visam estender o VLT até a Ribeira, na Península de Itapagipe, e ao Comércio, no Centro Histórico de Salvador. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já havia destacado a importância da expansão do VLT como uma das prioridades de sua gestão, para melhorar a mobilidade urbana na capital baiana.
O projeto do VLT é visto como fundamental para a integração do sistema de transporte público da cidade, conectando áreas periféricas e centrais, além de complementar o sistema metroviário existente. As obras deverão ser realizadas em etapas e representam um investimento significativo na infraestrutura de Salvador, que tem enfrentado desafios neste segmento.
A expansão também deve beneficiar economicamente a região, com melhorias no acesso ao comércio local e à área turística do Centro Histórico e da Península de Itapagipe, reforçando o papel do VLT como um eixo de desenvolvimento urbano.
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