Os municípios de Camaçari e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, enfrentam turbulências administrativas após as recentes eleições. Derrotados nas urnas, os prefeitos Antônio Elinaldo (União Brasil), de Camaçari, e Moema Gramacho (PT), de Lauro de Freitas, anunciaram demissões em massa, gerando descontentamento entre os servidores.
Em Camaçari, o prefeito Elinaldo tomou uma decisão que afetará significativamente a taxa de desemprego na cidade. Nesta quinta-feira (31/10), foram publicadas as exonerações de todos os servidores comissionados da prefeitura, em um esforço para fechar as contas do ano. Elinaldo, que perdeu a eleição para Luiz Caetano, já havia alertado que as demissões aconteceriam, independentemente do resultado eleitoral. A medida é motivada, segundo críticos, pela necessidade de compensar gastos elevados durante o ano para promover a campanha de Flávio Matos, aliado do prefeito.
Além das exonerações, outras ações impactantes foram anunciadas. Elinaldo determinou o cancelamento das próximas edições da feira da cidade, o retorno de veículos alugados pela prefeitura em um prazo de 24 horas e o esvaziamento de prédios alugados. Ainda, a prefeitura pretende suspender contratos com fornecedores essenciais e interromper o transporte escolar e universitário, provocando um cenário de crise e de incerteza para a população.
Em Lauro de Freitas, a prefeita Moema Gramacho também enfrentou críticas por sua condução administrativa após as eleições. Derrotada na tentativa de eleger seu sucessor – o vereador Antônio Rosalvo, que perdeu para Débora Regis (União Brasil) -, Moema ordenou demissões em massa que incluíram funcionários de duas cooperativas que prestavam serviços à cidade. A ação, realizada sem aviso prévio, gerou reações negativas entre os servidores e nas redes sociais.
A Frente dos Servidores Públicos de Lauro de Freitas emitiu uma nota expressando ‘indignação e repúdio’ às demissões abruptas e criticando o uso de cooperativas como mecanismo de precarização do trabalho. Na nota, a entidade afirma que o modelo de contratação por meio de cooperativas frequentemente resulta em condições laborais precárias, com salários baixos e ausência de direitos básicos. Para a Frente, a demissão em massa não apenas desestrutura a vida dos trabalhadores, mas compromete a qualidade dos serviços oferecidos à população.
Ainda segundo a nota, “é inaceitável que o poder público utilize cooperativas como escudo para evitar suas responsabilidades trabalhistas”. A entidade exige uma revisão urgente desse modelo de contratação e pede que a prefeitura adote alternativas que garantam condições dignas aos trabalhadores e a continuidade de um serviço público de qualidade.
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