A Bahia projeta uma redução de 6% nos chamados crimes violentos letais Intencionais (CVLI) para o segundo semestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023.
São considerados CVLIs os crimes que compreendem homicídios, latrocínios, feminicídios e lesões corporais com morte.
O objetivo foi estabelecida por meio de resolução do programa Bahia pela Paz, publicada na edição desta sexta-feira (1º/11), e visa direcionar os esforços das unidades policiais em todo o estado.
A medida faz parte de uma estratégia estadual para aprimorar a segurança pública, coordenada pelo Comitê Executivo do Programa Bahia pela Paz, responsável por definir e monitorar metas estratégicas de combate à criminalidade.
A meta de redução é também um dos critérios para a concessão do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), que premia unidades policiais conforme o desempenho na diminuição dos índices de violência.
As unidades policiais que alcançarem os objetivos estabelecidos terão acréscimos financeiros de até 25% no valor inicial do prêmio, com ajustes proporcionais aos níveis de alcance. A premiação é escalonada em faixas, variando de acordo com a eficiência das unidades na redução da criminalidade.
O estado se compromete, assim, a incentivar as ações das Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) e Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP), além das unidades especializadas.
Apesar dos indicativos, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) desabafou e afirmou que o país “parece estar enxugando gelo” no combate ao crime organizado. A afirmação foi feia na última quinta-feira (31/10), em reunião entre governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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DADOS DA VIOLÊNCIA
Os objetivos propostos no âmbito do Bahia pela Paz visam retirar o estado das primeiras colocações dos índices de violência.
Segundo o Atlas da Violência 2024, a Bahia é o estado com maior taxa de homicídios do país. Salvador também ocupa a primeira posição entre as capitais.
Já o Anuário da Segurança Pública põe o estado como o segundo maios violento do Brasil, atrás apenas do Amapá. A iniciativa ainda aponta que seis das 10 cidades mais violentas do país, em 2023, estão na Bahia. O parâmetro se refere a municípios com população maior que 100 mil habitantes.
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