Os deputados Junior Muniz (PT), Samuel Jr. (Republicanos) e Jurailton Santos (Republicanos) protagonizaram um desentendimento durante a sessão desta terça-feira (22/10), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O embate teve início após Muniz acusar membros da comunidade evangélica de invadirem igrejas em Camaçari com o intuito de prejudicar a candidatura de Luiz Caetano (PT) à prefeitura do município.
“Não tenho dúvida, Samuel, que o povo também evangélico, o qual você faz parte, quer essa mudança. Caetano tem uma história limpa e bonita em Camaçari”, afirmou Muniz no plenário, dirigindo-se ao deputado Samuel Jr.
Presidindo a sessão, Samuel Jr., por sua vez, respondeu que os evangélicos com os quais ele mantém contato apoiam o candidato Flávio Matos, do União Brasil. “Enquanto presido a sessão, para mim compete a isonomia do discurso político. Mas quando vossa excelência falou ‘Samuel, a questão dos evangélicos’, lá os evangélicos que conheço já declararam apoio ao 44. Só deixando isso claro”, rebateu.
A troca de farpas continuou quando Muniz pediu direito de resposta e voltou a acusar os evangélicos de Salvador de promoverem invasões nas igrejas de Camaçari para interferir nas eleições. “Os evangélicos de Salvador que foram para lá [Camaçari]. Vossa excelência [Samuel), Jurailton, Débora Regis. Inclusive, para os evangélicos invadirem as igrejas. Você sabe do que estou falando. ‘Vamos invadir, porque lá só está dando 13’. Você está equivocado”, declarou o petista.
A fala de Muniz gerou nova reação de Samuel, que exigiu respeito e criticou duramente as acusações. “Quando se referir à igreja, não tome como referência o exemplo de seu principal líder. Que vossa excelência [Muniz] deva lavar a boca. Em momento nenhum houve orientação de invadir igreja, quem tem costume de invadir é o seu partido. Respeite as igrejas. Isso é uma falta de respeito”, disparou.
Jurailton Santos, também mencionado na discussão, exigiu uma retratação de Muniz e defendeu o segmento evangélico, negando qualquer envolvimento nas supostas invasões. “Em momento algum eu falei para o povo de Camaçari invadir as igrejas. Peço aqui, por gentileza, que o senhor se retrate e respeite o segmento evangélico. Em momento algum eu fui lá e pedi para o povo invadir as igrejas. Está gravado. Quando o senhor for falar do segmento evangélico, fale com respeito, fale com carinho”, concluiu Jurailton.
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