Um ex-funcionário de um ferro-velho na região de Campinas de Pirajá, em Salvador, apontado como possível palco do desaparecimento de dois trabalhadores, Paulo Daniel, de 23 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, afirmou em entrevista ao programa Alô Juca, da TV Aratu, que o dono do estabelecimento coagia os empregados a usar cocaína.
O ex-funcionário, que preferiu não se identificar, disse à repórter Daniela Mazzei, da TV Aratu, que o proprietário do ferro-velho, Marcelo Batista da Silva, fornecia drogas aos funcionários para que eles trabalhassem no galpão durante a madrugada.
“Droga, lá embaixo [em um porão], a madrugada toda. Os usuários de droga, ele botava lá embaixo, a empresa fechada, todo mundo trabalhando lá, como escravo. Ele trazia droga para todo mundo trabalhar lá embaixo, drogado. Era cocaína, para todos trabalharem de madrugada. Galpão fechado, 24 horas funcionando. Todos no efeito da droga“, detalhou. Segundo ele, no momento em que a droga era distribuída, Marcelo mandava um trabalhador desligar as câmeras de segurança.
Além disso, de acordo com a fonte, as condições de serviço eram análogas à escravidão. “Ele é um cara ruim, ignorante com os funcionários, com todo mundo”, disse ele.
Veja a entrevista:
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As famílias dos desaparecidos acusam Marcelo de ter cometido crime contra os jovens. Devido às acusações, Marcelo pediu um habeas corpus preventivo à Justiça, para evitar um mandado de prisão. A solicitação, porém, segundo o jornalista Marcelo Castro, apresentador do programa “Alô Juca“, da TV Aratu, foi negada.
CARRO DE LUXO INCENDIADO
Na madrugada desta sexta-feira (8), um carro de luxo foi incendiado ao lado do ferro-velho. Ao portal “Alô Juca”, moradores da região informaram que o veículo seria de Marcelo Batista.
Testemunhas contaram, ainda, que o carro, modelo Volvo, estava com marcas de disparos de arma de fogo no para-brisa. A Polícia Civil vai investigar se o crime foi uma maneira de ocultar provas de uma possível execução ou uma retaliação ao desaparecimento de Daniel e Matusalém.
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ENTENDA O CASO
Um jovem, identificado como Paulo Daniel, desapareceu na segunda-feira (4/11), após sair para trabalhar em um ferro-velho no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador.
De acordo com a mãe da vítima, identificada como Mari, o proprietário do local, Marcelo Batista, confirmou que Paulo chegou para trabalhar no dia em que sumiu, mas foi embora logo em seguida. Antes do ocorrido, o empresário chegou a acusar Paulo Daniel de roubo, mas não prestou queixa.
Além de Daniel, outro funcionário do ferro-velho, Matusalém Silva Muniz, está desaparecido. Conforme relatos enviados para a equipe de jornalismo da TV Aratu, ele também desapareceu na segunda-feira (4), após sair do trabalho para almoçar na região.
A mãe de Paulo Daniel afirmou, em entrevista à repórter Daniela Mazzei, que um tênis e uma meia, encontrados no local em que o filho trabalha, pertencem a ele.
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