Milhões de eleitores irão às urnas nesta terça-feira (5/10) para escolher o novo presidente dos Estados Unidos (EUA). Neste ano, disputam o cargo a vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano. Ambos aparecem quase empatados nas pesquisas, o que mostra que o pleito será acirrado.
Hoje, das 20h30 a 0h, a TV Aratu e o Aratu On fazem a cobertura completa das eleições dos EUA, sob o comando do jornalista Pablo Reis, apresentador do Aratu Notícias, e a presença de dois correspondentes direto das cidades americanas de Washington e Boston, Luiz Martins e Eduardo Vasconcelos.
“Luiz Martins e Eduardo Vasconcelos são jovens que representam o Brasil em relevantes centros de tomada de decisão, em Harvard e em Nova Iorque. Eles toparam traduzir esse momento para nós”, aponta Pablo.
“É sempre um desafio de comunicação explicar os desdobramentos e consequências de um tema de impacto global como a eleição nos EUA. No caso dessa acirrada disputa entre Donald Trump e Kamala Harris, a Aratu optou por oferecer aos baianos um olhar de outros baianos que estão vivendo essas eleições de perto”, completa o jornalista.
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Para que não haja mais dúvidas, confira, abaixo, as principais dúvidas dos brasileiros sobre o pleito nos Estados Unidos:
Como funcionam as eleições nos EUA?
Nos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório, as eleições presidenciais acontecem pelo sistema de Colégio Eleitoral. Cada um dos 51 estados tem um número específico de votos, proporcional à sua população, baseado no número de representantes políticos no Congresso. Isso significa que alguns estados têm mais peso do que outros.
Por exemplo, a Califórnia, com 39 milhões de habitantes, tem 54 votos, enquanto estados mais rurais, como Montana (1,1 milhão de habitantes), conta com apenas quatro. O candidato que ganha em um estado leva todos os votos daquele Colégio Eleitoral – prática conhecida como “winner takes all” (“o ganhador leva tudo”).
A regra não se aplica apenas aos estados de Maine e Nebraska, que têm as próprias regras eleitorais. Em alguns casos, os votos podem ser divididos entre os candidatos.
Na maioria dos estados, a vitória dos partidos Democrata ou Republicano é quase certa. Por isso, os chamados “estados pêndulos” ou “estados decisivos”, onde não há uma preferência política fixa, deixam a disputa mais acirrada. Neste ano, são eles: Pensilvânia, Wisconsin, Michigan, Arizona, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte.
O candidato que estiver à frente nesses estados pode levar a disputa, já que, juntos, somam 93 votos. Ao todo, para ganhar a eleição, são necessários 270 votos.
Quando acontece a eleição?
Assim como no Brasil, os Estados Unidos elegem um presidente a cada quatro anos. No país, o pleito acontece sempre na terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro, dia que, neste ano, caiu no dia 5. A votação é feita em cédulas e o horário pode variar de um estado para o outro, podendo durar até as 22h (2h no horário de Brasília).
Apesar da votação geral ser nesta terça, milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente, tanto presencialmente como pelo correio. Isso ocorre em estados onde a logística ou a distância podem dificultar a participação no pleito (que não é considerado feriado). O objetivo é garantir o maior número possível de eleitores.
Quem são os candidatos?
Neste ano, os principais candidatos que disputam à Presidência dos Estados Unidos são a vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano. Kamala substituiu o presidente Joe Biden, que decidiu desistir da reeleição em julho deste ano em meio à pressão do partido.
Outros candidatos, que concorrem de forma independente, também aparecerão nas cédulas de votação, como Chase Oliver, do Partido Libertário, e Jill Stein, do Partido Verde. Robert F. Kennedy Jr. também estava concorrendo de forma independente, mas desistiu da corrida eleitoral em agosto. Na data, ele declarou apoio a Trump.
Quando sai o resultado?
Como a votação é feita com cédulas, o resultado oficial geralmente demora alguns dias para ser divulgado. A agilidade da apuração depende de quando começar a contagem das cédulas em cada estado, após o fechamento das urnas. Nos locais onde houve votação antecipada, as cédulas já estão prontas para contagem.
Historicamente, no entanto, é possível deduzir o vencedor do pleito antes mesmo de todos os votos serem contabilizados. Isso acontece por conta do peso dos estados no pleito. Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton admitiu a derrota a Trump no dia seguinte ao da eleição, embora a contagem ainda estivesse acontecendo em vários estados.
Diferente do Brasil, os Estados Unidos não possuem um órgão que centralize a apuração dos votos, deixando o papel para a imprensa.
O que acontece em caso de empate?
Caso nenhum dos candidatos atinja os 270 votos necessários ou se ambos chegarem a 269 votos cada, a decisão ficará por conta da Câmara dos Deputados – onde, atualmente, a maioria é republicana. O processo é conhecido como “eleição contingente” e só foi usado duas vezes na história do país, uma em 1800 e outra em 1824.
Com informações do SBT News
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